Professora da Escola Padre Aquino de Ciências e Biologia, nos três períodos.
Atualmente tenho salas de 6º ano, 8º ano do Ensinom Fundamental e 2º ano e 3º ano do Ensino Médio.
Eu Luzia, quando criança aprendi a ler e escrever com facilidade mesmo não frequentando o pré-primário (Ensino Infantil). Lá no início da década de 80 ainda não havia sacolas plásticas, que vieram substituir os antigos jornais que embrulhavam mercadorias na mercearia. Em casa, ficava ansiosa por ver o que diziam os jornais das mercadorias daquele dia, é claro que as notícias eram sempre desatualizadas, mas isto não importava, nem mesmo quando às vezes o jornal cheirasse a peixe. Meu pai tinha o 4º ano apenas, lia e calculava bem, já minha mãe não sabia ler ou escrever, mas sempre mostrou a importância de conhecer as letras e o que significavam para ser alguém na vida. Lembro-me que em casa tinha somente a Bíblia ilustrada, que li e reli muitas vezes e como as professoras diziam que ler livros era muito importante, nunca compreendi o porquê de não se retirar livros da biblioteca da minha própria escola, sempre ouvi que não havia pessoa responsável para ir à biblioteca, para pegar os livros, etc, e vejo que nada mudou na maioria das escolas pelas quais passei ao longo de minha profissão. O sonho então, era fazer ficha na Biblioteca Municipal, minha mãe tinha que ir comigo até que cresci e não precisei mais de sua companhia. Também por bastante tempo sonhava em assinar um jornal que pudesse lê-lo todos os dias e com notícias novinhas. Quando ganhei meus primeiros salários assinei finalmente um jornal e também uma revista na área de ciências.
LUZIA RODRIGUES DA SILVA15/9/2013 18:26 - Editado(15/9/2013 18:27)
Lembro-me bem dos professores iniciais incentivand Lembro-me bem dos professores iniciais incentivando muito a leitura de livros, jornais e revistas, aqueles do Ciclo I, mas quando chegamos à quinta série era uma cobrança condenatória, com colocações negativas - "Vocês não lêem não serão ninguém na vida" isto quando o faziam. Não incentivavam como os primeiros, não cobravam redações constantes e as técnicas de se escrever bem. Foi muito trabalhado exercícios, principalmente em Língua Portuguesa (muita ortografia), e disciplinas como História e Geografia muita cópia no caderno, não havia livros individuais para realizar a leitura e depois discussão, debates, etc. Em ciências não havia experimentos e relatórios, mas adorava porque comprávamos o livro todos os anos, organizado pela professora e eu tinha o meu próprio, a qual podia lê-lo quando quisesse. Será isto que motivou-me para a área de Ciências?
Olá Luzia. Veja só como as gerações mudaram. Hoje vemos muitos jovens desinteressados pela leitura. E a meu ver a leitura nos possibilita diferentes habilidades, entre elas a interpretação que é hoje a grande dificuldade dos nossos alunos. Além disso traz conhecimento, facilita o raciocínio e nos dá maior facilidade na escrita. Eu acredito que o hábito de ler deve ser estimulado na infância. E seu depoimento é um exemplo disso.
Eu Luzia, quando criança aprendi a ler e escrever com facilidade mesmo não frequentando o pré-primário (Ensino Infantil). Lá no início da década de 80 ainda não havia sacolas plásticas, que vieram substituir os antigos jornais que embrulhavam mercadorias na mercearia. Em casa, ficava ansiosa por ver o que diziam os jornais das mercadorias daquele dia, é claro que as notícias eram sempre desatualizadas, mas isto não importava, nem mesmo quando às vezes o jornal cheirasse a peixe. Meu pai tinha o 4º ano apenas, lia e calculava bem, já minha mãe não sabia ler ou escrever, mas sempre mostrou a importância de conhecer as letras e o que significavam para ser alguém na vida. Lembro-me que em casa tinha somente a Bíblia ilustrada, que li e reli muitas vezes e como as professoras diziam que ler livros era muito importante, nunca compreendi o porquê de não se retirar livros da biblioteca da minha própria escola, sempre ouvi que não havia pessoa responsável para ir à biblioteca, para pegar os livros, etc, e vejo que nada mudou na maioria das escolas pelas quais passei ao longo de minha profissão. O sonho então, era fazer ficha na Biblioteca Municipal, minha mãe tinha que ir comigo até que cresci e não precisei mais de sua companhia. Também por bastante tempo sonhava em assinar um jornal que pudesse lê-lo todos os dias e com notícias novinhas. Quando ganhei meus primeiros salários assinei finalmente um jornal e também uma revista na área de ciências.
ResponderExcluirLUZIA RODRIGUES DA SILVA15/9/2013 18:26 - Editado(15/9/2013 18:27)
Lembro-me bem dos professores iniciais incentivand Lembro-me bem dos professores iniciais incentivando muito a leitura de livros, jornais e revistas, aqueles do Ciclo I, mas quando chegamos à quinta série era uma cobrança condenatória, com colocações negativas - "Vocês não lêem não serão ninguém na vida" isto quando o faziam. Não incentivavam como os primeiros, não cobravam redações constantes e as técnicas de se escrever bem. Foi muito trabalhado exercícios, principalmente em Língua Portuguesa (muita ortografia), e disciplinas como História e Geografia muita cópia no caderno, não havia livros individuais para realizar a leitura e depois discussão, debates, etc. Em ciências não havia experimentos e relatórios, mas adorava porque comprávamos o livro todos os anos, organizado pela professora e eu tinha o meu próprio, a qual podia lê-lo quando quisesse. Será isto que motivou-me para a área de Ciências?
Olá Luzia. Veja só como as gerações mudaram. Hoje vemos muitos jovens desinteressados pela leitura. E a meu ver a leitura nos possibilita diferentes habilidades, entre elas a interpretação que é hoje a grande dificuldade dos nossos alunos. Além disso traz conhecimento, facilita o raciocínio e nos dá maior facilidade na escrita. Eu acredito que o hábito de ler deve ser estimulado na infância. E seu depoimento é um exemplo disso.
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